É possível provocar um ambiente empreendedor mesmo em um
cenário em que a burocracia e o comodismo são predominantes, como é o caso das
instituições públicas.
Empreender não significa só comercialização de serviços e produtos.
Comente à respeito.
É possível provocar um ambiente empreendedor mesmo em um
cenário em que a burocracia e o comodismo são predominantes, como é o caso das
instituições públicas.
Empreender não significa só comercialização de serviços e produtos.
Comente à respeito.
-Sim,é possível,porém o setor público precisa ensinar algo a mais para o empreendedor,tenho observado alguns cursos sobre empreendedorismo sem nenhum recorte pedagógico,sabe ,é como se o tal facilitador estivesse ali apenas depositando uma série de palavras ,as quais não fazem nenhum sentido,tornando a platéia apenas expectadores.Penso eu que qualquer que seja a qualificação profissional,principalmente para aqueles que ainda não tiveram acesso ao ensino superior se faz necessário no mínimo uma carga horária de 60 h.(dividida em módulos,dentro de um determinado espaço e tempo),pois assim o cidadão terá como experienciar na prática e trazer suas dúvidas a cada módulo.
Em todos os momentos de dificuldades de recursos e orçamento ai que o servidor publico deve ter sabedoria para criar alternativas de empreendorismo .
Gosto de pesquisar e catalogar "cases" de sucesso com iniciativas públicas ou comunitárias, e divulgá-las nos cursos e exposições de que participo.
Ainda nos anos de chumbo, na pequena Boa Esperança, cidade de economia rural no norte do ES, o prefeito Amaro Covre motivou sua comunidade, organizando o que chamou de Círculos de Produção Rural, identificando vocações locais e associando a produção. Em pouco tempo, haviam as regiões hortifruti, avícolas, pequenas agroindústrias, e cadeia de negócios, com transporte, mão de obra, embalagens, etc.
Mais recente, no retorno do prefeito Amaro, e verificando fuga de negócios dos produtores locais para cidades maiores na região, pôs pra circular serviço público de transporte coletivo, trazendo pessoas dos mais extremos pontos do município para a sede. Mas da seguinte forma: todos entram no coletivo sem pagar. Porem, após circularem no comércio, devem apresentar notas fiscais de compras, nos postos públicos, e receberem bilhetes de passagem para retorno.
Aqueceu o comércio, ampliou negócios, melhorou a tributação e a integração entre os munícipes.
Notícia na imprensa estadual em 2012, acerca da importância que o governo socialista de Renato Casagrande, deu as questões de empreendedorismo público e inovação.
"O Governo do Espírito Santo consagrou, na noite desta quinta-feira (06), os oito projetos vencedores do Prêmio Inovação na Gestão Pública (Inoves). A cerimônia de premiação do Ciclo 2012 premiou trabalhos inovadores desenvolvidos pelas Secretarias de Estado da Saúde (Sesa), da Educação (Sedu), da Justiça (Sejus), de Controle e Transparência (Secont), além do Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases), da Polícia Militar e das prefeituras de Vila Velha e Pinheiros. Além da premiação dos projetos vencedores nas categorias, foram reconhecidas 10 iniciativas, duas organizações e duas servidoras públicas com menções especiais de destaque".
Portanto, incentivar e valorizar o empreendedorismo no setor público traz surpreendentes resultados.
Trago a experiencia de gestar, no governo socialista de Renato Casagrande (PSB), no ES, a diretoria de economia da ADERES - Agencia de Desenvolvimento da M&PE e do Empreendedorismo, que desenvolveu importantes projetos de iniciativas individuais, associativas, cooperativas, e alternativas, em parceria com os municípios capixabas.
Dentre todas, o Banco Comunitário foi a experiencia mais rica, dada a ancoragem que o empreendimento social dava a um gama de projetos numa determinada região, distante ou periférica dos centros urbanos. Em quatro anos fomentamos a organização de 16 empreendimentos, articulados com municípios e organizações não governamentais.
A própria agencia de governo era em si, exemplo de empreendedorismo público, dividido nas gerencias de artesanato, economia solidária, cooperativismo, agroindústria familiar, micro&pequeno& individual empreendimento, articulação para exportação de produção de M&PE, alem de áreas técnicas, financeiras e contábeis.
O objetivo era levar empreendedorismo às regiões com menor dinamismo econômico, e instigar vocações locais, dando ânimo às comunidades.
Empreendedorismo é um palavra grande que enche os olhos, mas isto porque logo se pensam em resolução de todos os problemas locais , mas empreender pode ter frentes diversas que levaram a outras, acho que os setores públicos são sim burocráticos, mas estes obstáculos são vencidos se for pensado em empreender pessoas que irão fazer que o empreendedorismo avançar com sua capacidade superar obstáculos.
Estamos vivenciando um momento muito peculiar em termos de gestão pública, de total desencanto e incredulidade em nosso país, onde todos os dias a imprensa repete o abandono nas instituições públicas, mas eis a questão: como poderíamos mudar essa realidade,Estamos próximos a escolher novos gestores para nossos governos, e nesse momento é preciso ter vontade de desafiar a gestão atual, de modo que uma mudança responsável aconteça e que existam empreendedores nos serviços públicos. Empreender tem muitos significados, mas um deles certamente é reconhecer que há problemas e obstáculos a ser superados. Ao abraçar essa postura empreendedora, os futuros gestores estão garantindo o desenvolvimento do país, tendo o empreendedorismo como principal fator de desenvolvimento no setor público.
Empreender não significa só comercialização de serviços e produtos. Empreendedores são pessoas motivadas pela realização e alcance de seus objetivos, por isso possuem como características a criatividade, proatividade, inovação, liderança, iniciativa, comprometimento, flexibilidade, ousadia e autoconfiança, sendo a principal dessas, a capacidade de diferenciar-se. O gestor público empreendedor visa atender aos cidadãos, como clientes que possuem necessidades a serem atendidas; uma prática atual na gestão pública e utilizada há muito tempo na gestão privada. Entretanto, legislação, cultura organizacional e limitação dos recursos são fatores que dificultam uma gestão empreendedora no serviço público, mas não é impossível de ser aplicada no dia-a-dia do órgão público. A ideia de que o funcionalismo público é de baixa qualidade, péssimo serviço não pode ser reforçado – deve ser superado.
Antes de se falar em Gestão Pública é preciso tecer algumas considerações sobre "serviço público" até mesmo para "empreender um debate" sobre tema tão importante e que integra a abordagem da Aula 5.
A gestão pública é realizada, concretizada a partir da concepção do serviço público ou "novo serviço público", conforme estabelece Robert e Janet Denhardt (aliás tive a oportunidade de integrar um curso de Administração Pública que tinha Robert como um dos professores).
Pois bem, um dos principais objetivos da nova gestão pública (sem descer aos detalhes de sua origem neoliberal), é combater o patrimonialismo e o clientelismo vigentes por anos e anos. Além disso, seu escopo é o de melhorar a qualidade da prestação dos serviços à sociedade, incentivar o controle social e a participação do cidadão, além das questões mais gerenciais sobre a economia, eficiência e eficácia.
Para a gestão pública, na atualidade, "dirigir" tem menos importância que "servir", isso porque o interesse público é o norte de uma gestão voltada para governança estratégica e democrática.
O profissionalismo, a responsividade (pouco difundida nas obras jurídicas), a accountability e o empreendedorismo são alguns de seus principais elementos.
Respondendo a provocação da mentora na Aula 5, sim, é possível ser empreendedor no setor público, sobretudo, quando se tem a consciência de que é responsabilidade do Estado a melhoria da qualidade profissional do seu quadro funcional, promovendo um desenvolvimento em prol da boa e aprimorada prestação do serviço público, e da necessidade de um profissional que atenda aos interesses da sociedade de forma comprometida, ética, transparente e que, ao mesmo tempo sinta-se satisfeito no exercício de sua função.
Vou contar aqui um exemplo de que A Construção de um ambiente empreendedor no Setor Público, dá certo.
Esse exemplo aconteceu em Muqui, município que fica a cerca de 180km ao Sul da Capital Vitória - ES. Em 2001, assumiu a Prefeitura, o então prefeito eleito, conhecido como Frei Paulão/ PSB. Ele encontrou uma prefeitura quebrada, com a folha de pagamento com atraso de 5 meses. Mesmo assim, junto com sua equipe, Frei Paulão revolucionou o município em dois mandatos. Dentre algumas ações, cito: Incentivou a Agroindústria local e criou o Selo de Inspeção Municipal, o SIM, assim, os produtores locais passaram a poder comercializar seus produtos em outros município. Fomentou o artesanato. Executou o projeto de ensaio de plantio de milho, que resultou numa boa qualidade do mesmo. Foi o primeiro município estadual a ter a compra direta da agricultura familiar, com projeto que foi referência no estado. Também criou o ticket feira para os funcionários públicos municipais. Resgatou o carnaval folclórico do Boi Pintadinho e o Encontro Nacional de Folia de Reis. Deu um grande incentivo na Cooperativa dos Cafeicultores. Criou a Cooperativa das Costureiras e a Cooperativa dos Apicultores. Infelizmente, hoje a realidade é total inversa daquela época.
É possível provocar um ambiente empreendedor mesmo em um cenário em que a burocracia e o comodismo são predominantes, como é o caso das instituições públicas.
Empreender não significa só comercialização de serviços e produtos.
Comente à respeito.
É possível! O que mais deve ser percebido é que mesmo as pessoas mais comodas tem suas motivações, talvez elas não aparentam ou estejam demasiadamente acostumadas com o sistema. Tornar um ambiente empreendedor é sobre tudo transmitir motivação, não apenas incentivo, até por que quando falamos em motivação logo imaginasse bonificações, NÃO! são motivos para ação que devem ser incentivados. O gestor público deve sobre maneira ser um líder que reconhece e saiba dar feedback de modo que os resultados devam ser os princípios norteadores de uma administração pública.