Mensagem enviada por Carla Monteiro

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Rogéria Ferreira, olá! 

É louvável o seu empenho com foco comunitário. Gostaria de lhe sugeri que investisse não apenas na inclusão (se é que eu entendi) de pessoas na rotina dos conselhos municipais, mas, também, na qualificação dos conselheiros(as) para que consigam perceber a administração como um todo e atuarem de modo integrado, assim como na organização de uma rede e subredes. A rede ligaria os diversos conselhos municipais existentes em seu município, Serra/ES. As subredes conectaria o conselho de cada setor da administração às entidades representativas de bairros da localidade. É um trabalho operoso, mas muito proveitoso, em termos de discussão, atualização e vinculação da população à gestão. É um processo de construção do pertencimento local. Em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, apesar da tenra idade, é um município onde a população acompanha com atenção e muita discussão todos os assuntos envolvendo a municipalidade e seus munícipes. Criou-se, inclusive, a Casa dos Conselhos, como forma de estruturar uma rede capaz de ser acionada a qualquer tempo. Sugiro a busca de experiência. 

Continue nessa linha de trabalho. Aliás, tenho que lhe verter parabéns. 

Boa noite. 

Carla MOnteiro, tutora da TURMA 5, Cetur/FJM. 


 

Rogéria ferreira, boa noite. 

O pensamento socialista comunga do seu ponto de vista, pelo qual a presença crítica e operosa na seara coletiva é determinante na qualidade dos serviços públicos a serem disponibilizados à população. 

Como moradora de um município com praticamente meio milhão de habitantes, gostaria de saber sobre a dinâmica do programa orçamento participativo adotado pela administração municipal. 

Parece haver um grande interesse local em se atuar no desenvolvimento do programa. Ressalto que uma das grandes preocupações socialistas na execução do programa é para que não se torne um mediado do capital, afastando a população, por exemplo, na demanda habitacional, dos equipamentos de qualidade, instalando-a na periferia da cidade e, assim, promovendo uma expansão urbana e uma precarização social. 

Como vocês, espírito-santenses de Serra tem contornado essas armadilhas? 

Boa noite e espero ter contribuído para o debate. 

Carla Monteiro, tutora da TURMA 5, Cetur/FJM.


 

Boa noite, senhora Rogéria Ferreira. 

Tudo na vida é uma questão de postura e opção pelo coletivo, entendendo que tudo que ocorre no público de um modo ou de outro irá afetar o enredo desenvolvido na sala de estar particular. 

Ou seja, inicialmente,  é imprescindível que cada cidadão cumpra seus deveres e exercite o justo direito. Em meio a esse exercício da cidadania, faz-se necessário acompanhar o cumprimento dos compromissos assumidos, por meio dos canais facultados pelo arcabouço jurídico e administrativo. 

Não existe realização sem fiscalização. E a sociedade civil organizada precisa ser informada, ensinada e estimulada a supervisionar. 

Espero que tenha colaborado. 

Saudações fraternas. 

Carla Monteiro, tutora TURMA 5, Cetur/FJM.



 

Senhor Roberto Souza, bom dia! 

Gostaria de ter recebido uma manifestação menos desconfiada. Mas ouso supor o grau de frustração vivenciada. Por outro lado é importante que se reconheça que o indicador é uma medida que traduz quantitativamente um conceito e se informe algo sobre determinado aspecto da realidade objetivada. 

O indicador permitir a formulação, monitoramento e avaliação avaliação de programas e políticas públicas. Os indicadores sociais do município do senhor, quando avaliados em perspectiva (conforme Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil), revelam melhorias surpreendentes, como por exemplo, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) que saiu de 0,455 em 1991, para 0,709 em 2010. 

E a dimensão que mais contribui para o IDHM do município é a da Longevidade, com índice de 0,832; seguida pelo da Renda, com índice de 0,685; e pelo da Educação, com índice de 0,626. O senhor falou sobre 'crise' a alimentar a estagnação econômica, mas entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 63,57% em 2000 para 63,22% em 2010. 

Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 19,97% em 2000 para 11,36% em 2010. O que quero dizer com essa narrativa: inicialmente, que indicador é determinante para qualidade de ações, programas e políticas públicas; em seguida, que o problema não está nos indicadores, mas na forma como são divulgados, entendidos e percebidos. 

É preciso formação e informação, do contrário as demandas dos setores da sociedade serão enfrentadas de modo operacional e não como políticas públicas. 

Espero ter contribuído

Saudações fraternais. 

Carla Monteiro, tutora TURMA 5, Cetur/FJM. 



 

Senhor Rômulo Baía, olá! 

Concordo com o senhor. Entretanto, gostaria de acrescentar que os conselhos municipais são determinantes, também, para que uma administração possa conquistar a reputação de democrática e transparentes. 

Ao fiscalizar com equilíbrio e tendo por norte a organização da sua área correlata para utilização plena e qualitativa pela sociedade, um determinado conselho consegue reduzir a resistência do cidadão comum em relação as condutas da gestão pública. 

A partir desse ponto, a cidadania deixa de ser um conceito, para se diluir na experiência viva da participação e geradora de informações. O cidadão comum é tomado por um sentimento de pertencimento. Acolhido, ele interage e tende a buscar soluções cada vez mais inclusivas e de qualidade. 

Espero ter somado às colocações do senhor. 

Bom dia e saudações fraternais. 

Carla Monteiro, tutora da TURMA 5, Cetur/FJM. 


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