Senhor Roberto Souza, bom dia!
Gostaria de ter recebido uma manifestação menos desconfiada. Mas ouso supor o grau de frustração vivenciada. Por outro lado é importante que se reconheça que o indicador é uma medida que traduz quantitativamente um conceito e se informe algo sobre determinado aspecto da realidade objetivada.
O indicador permitir a formulação, monitoramento e avaliação avaliação de programas e políticas públicas. Os indicadores sociais do município do senhor, quando avaliados em perspectiva (conforme Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil), revelam melhorias surpreendentes, como por exemplo, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) que saiu de 0,455 em 1991, para 0,709 em 2010.
E a dimensão que mais contribui para o IDHM do município é a da Longevidade, com índice de 0,832; seguida pelo da Renda, com índice de 0,685; e pelo da Educação, com índice de 0,626. O senhor falou sobre 'crise' a alimentar a estagnação econômica, mas entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 63,57% em 2000 para 63,22% em 2010.
Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 19,97% em 2000 para 11,36% em 2010. O que quero dizer com essa narrativa: inicialmente, que indicador é determinante para qualidade de ações, programas e políticas públicas; em seguida, que o problema não está nos indicadores, mas na forma como são divulgados, entendidos e percebidos.
É preciso formação e informação, do contrário as demandas dos setores da sociedade serão enfrentadas de modo operacional e não como políticas públicas.
Espero ter contribuído.
Saudações fraternais.
Carla Monteiro, tutora TURMA 5, Cetur/FJM.