De fato o ganho da democracia, um de seus pilares, o nível de participação e de intervenção da representação popular nos fóruns de decisão política, carecem de duas qualificações:
1 - quem é esse representante, como se fez representante, a quem representa;
2 - o que ele(a) faz com essa delegação, como opera e processa a participação, e principalmente, como retorna as informações à sua base ou coletivo.
Quando se trata dos conselhos municipais de políticas públicas, mesmo que reconhecidos oficialmente, tanto quanto a representação popular, os representantes do setor público, via de regra, não se apresentam valorizando o ambiente de interação e possibilidade de qualificação da tomada de decisão; senão, via de regra, fazem sessões burocráticas para cumprir obrigação com sua realização.
Mesmo as indicações estão eivadas de vícios e influencias de agentes políticos; ou recaem, por vezes, levando em conta apenas a disponibilidade de tempo para participar das reuniões, que via de regra, se realizam no expediente do serviço público e conflitante com horários de trabalho da maioria dos militantes dos movimentos sociais.
E o que decidem conta mais para o gestor público, que recebe logo a informação, que para a instituição que representa a coletividade, o(a)s cidadã(o)s usuario(a)s dos serviços.
Os mecanismos de comunicação, mesmo com uso de redes midiáticas, não estão direcionados para a finalidade de socializar as informações, e serem avaliadas.