1• Quais as competências e habilidades necessárias para que um chefe consiga compatibilizar o interesse/motivação do servidor com a produtividade esperada?
Considerando o material compartilhado para estudo e as leituras anteriormente realizadas, acredito que ter a competência e a habilidade de enxergar o próximo é essencial. O líder humanista consegue perceber as necessidades (particulares e funcionais) do servidor sob sua gestão e, assim, com atitude (ação), o torna mestre de si mesmo para transformar suas próprias energias em crescimento pessoal e profissional e, em consequência, em crescimento da instituição.
2 • Você acha possível alcançar uma administração pública eficiente em meio a uma crise midiática? Quais instrumentos são necessários?
Essa é uma pergunta difícil de responder. Porque, verdadeiramente, as mídias têm o poder de destruir em poucas horas uma reputação que durou anos para ser construída. Entretanto, a eficiência diz respeito a execução de uma atividade com menor quantidade de recursos possível. Então, o planejamento institucional e a gestão de pessoas, como vimos nesse capítulo (com os diferentes aspectos relacionados ao desenvolvimento, principalmente à gestão por competências) pode beneficiar a manutenção de uma conduta ética independente dos "ruídos".
Vale lembrar que, da mesma forma que há o impacto negativo das mídias, é possível utilizar essa mesma força para impactar positivamente. Depende de como percebemos a realidade e de que lado nós estamos.
3• Como a opinião pública pode influenciar o sucesso das mudanças organizacionais?
Acredito que essa pergunta tem a ver com a anterior.
A opinião pública, dependendo de qual "público" estamos falando, pode ter influências diversas e, igualmente, influenciar muitas áreas da sociedade. Hoje se fala (nas mídias) em diminuir a força do Estado, diminuir as regulações, beneficiar as empresas e impulsionar o capitalismo. Alguns concordam, e as mídias podem ajudar na formação dessa opinião. E, assim, não importa o que façamos em benefício das pessoas enriquecendo e qualificando nosso corpo técnico (de servidores públicos). Porque a "população" não acreditará na eficácia, eficiência e nem mesmo na efetividade de ações do Estado.
Por outro lado, se houvesse uma valorização interna - e digo não só internamente na instituição, mas internamente dentro de cada um de nós (autovalorização) - conseguiríamos buscar nossas melhoras e seríamos motivados (considerando que essa energia é interna e pessoal) para prestar um bom serviço à sociedade. E a opinião "pública" mudaria a nosso favor.
Sei que é difícil falar em "dar nosso melhor" para a sociedade em instituições/empresas públicas onde não existem condições mínimas de trabalho e dignidade. Porém, essa também deve ser vista como oportunidade para mudanças extraordinárias. Como disse antes, tudo depende do lado que você dá atenção. Se você enxergar soluções...
4• Moralizar o serviço público é apenas implantar sistemas de controle ou haveria outros mecanismos para melhorar o debate sobre horários e produtividade dentro da administração pública?
Primeiramente, a palavra "moralizar" nos daria um artigo completo de discussão. Porque entra no mérito da culturização de uma sociedade, de mudanças de paradigmas, de ética, de crenças e de valores.O serviço público, por si, deveria ser considerado, por nós servidores, uma atividade de muita honra. Porque estamos servindo à população, assim como fez grandes Mestres da história (como o próprio Jesus). E quando falo em serviço público é toda atividade pública, inclusive política. Se pudéssemos reconhecer esse fato estaríamos mais inclinados a, simplesmente, cumprir as nossas obrigações sem precisar de cobranças.
Mas, como humanos, somos propensos ao erro. E com esse, a possibilidade de desviarmos um pouco do nosso propósito. Dessa forma, como tenho visto o comportamento de certos "servidores", acho difícil pensar em mecanismos que venham melhorar o debate sobre horários e produtividade. Pelo menos não até fazermos cada um o nosso papel exemplar, mostrando para os demais colegas que é possível organizar e conciliar a vida pessoal e profissional, dando uma resposta positiva ao serviço público.
Logicamente, não somos 100% perfeitos, muito menos em todas as áreas da nossa vida. Nem somos máquinas. Daí parte a necessidade de pensarmos e verificarmos a possibilidade de mudança de um paradigma que mantém uma pessoa presa 8 horas ou mais num local, produzindo o referente à 5 horas, para outro como fazem algumas organizações privadas, que delegam uma meta para o empregado com um determinado prazo e ele faz o próprio horário. Sinceramente, ainda não sei se estamos preparados para avançarmos nesse ponto. Gostaria de ouvir a opinião dos colegas! :)