Como você avalia a
participação popular na Gestão Pública Municipal no seu município?
Fórum da Aula 2
Apesar de não utilizar o termo participação, a Constituição fala em democracia representativa e democracia direta, portanto a participação popular é própria do Estado Democrático de Direito.
compartilho com vocês um artigo no Estadão sobre a crise da democracia representativa no Brasil.
A crise da democracia representativa
“94% dos eleitores não se veem representados por políticos”. Ou seja, “classe política enfrenta rejeição generalizada”. Estes são a manchete de primeira página, do Estado de S. Paulo da segunda-feira 14 de agosto de 2017 e o título da Pag.A4, a primeira e mais importante da editoria de política do mesmo jornal no mesmo dia. As conclusões foram tiradas de uma do Instituto Ipsos, insuspeito de tentativas de tentar imiscuir-se na política paroquial brasileira, sendo, portanto, até segunda ordem, confiável. Quem conhece a realidade política no Brasil e já sentiu o pulso do cidadão comum sabe que é gravíssima a crise de representatividade em nossa democracia e só é difícil acreditar que 6% dos cidadãos sintam-se representados.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na segunda-feira 14 de agosto de 2017, às 7h30m)
José Nêumanne
14 Agosto 2017 | 17h31
http://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/a-crise-da-democracia-representativa/
Constituição realmente fala das representação direta e popular, que é o que garanti o estado de direito, mas parece que a representação foi esquecida no sentido coletivo, nossa politica é unicamente individualizada e caiu no esquecimento o conceito de democracia, temos bons políticos mas estes são pouquíssimos e muitas vezes infectados por força do poder.
Acho que a questão da representatividade só pode ser concertada se formos começar por nós mesmos porque o brasileiros cobram a existência da democracia , mas ao primeiro sinal estamos lidando com nossa incoerência.Façamos uma reflexão.
A fragilidade da democracia representativa. É necessário, complementarmente criar novos mecanismos de participação popular que possibilitem inclusive o revigoramento da democracia.
Quando as idéias democráticas aparecem distantes, não é porque a democracia falhou.
A falha é daqueles responsáveis por preservar e proteger a democracia!!
Em Campo Grande,MS, não se pode negar que a população e também os organismos representativos sejam ativos. Os sindicatos, fórum estadual e municipal dos setores: de saúde, educação, Cultura, os presidentes de bairro, e a população em geral sempre reivindicam seus direitos e tecem suas críticas e solicitações ( mesmo que comumente, sejam ignorados, não atendidos ou até mesmo burlados). Geralmente, quando se trata de audiência pública, raramente a população vem à ter conhecimento prévio, mais raro ainda é ser noticiado, tendo visto que a população Campo grandensse sabe brigar pelo que lhe é de direito, devo esclarecer, que é uma capital com "ar de interior", mesmo sendo um "berço de imigrantes das mais diversas etnias; tendo povos indígenas de diferentes tribos e também um demasiado montante de pessoas de outras regiões do país. Mas, no que tange participação popular na administração pública daqui, o desejo de tudo fluir bem é da grande maioria, e mesmo que seja necessário "apelar" para que este ou aquele problema seja sanado, o povo sabe bradar e cobrar. Em muitos momentos "Campo Grande Parou! Com manifestações, passeatas, acampamentos e etc. "
Amo essa cidade morena! E meu povo mais ainda!
Estamos em um momento de transição democrática, ou seja, de uma democracia representativa para uma democracia participativa.
A participação da sociedade, em todos os níveis do processo democrático, pressupõe interesse e informação. Sem a informação o cidadão não é estimulado a participar das questões de sua cidade.
No meu município (São Pedro de Alcântara - Primeira Colônia Alemã do Estado de Santa Catarina) a participação da população é ativa, inclusive, com frequência na Câmara de Vereadores, todavia, é informal. Não há uma participação organizada, a partir de uma consciência democrática. A população participa muito mais no sentido de criticar (sem qualquer fundamento ou conhecimento de causa).
Há algumas ações no sentido de conscientizar a sociedade de que é importante conhecer, analisar, criticar e também apresentar soluções.
Sem a efetiva participação não há processo democrático.
A participação popular ocorre de diversas formas e essa é a principal estratégia do governo municipal de Santa Cecília do Sul/RS.
A participação acontece através de audiências públicas, para aprovação do orçamento, por exemplo e por meio da participação nos conselhos de acompanhamento e controle social.
Em Passo Fundo a participação se dá de forma bem abrangente, o município possui programas que possibilitam que a comunidade manifeste e acompanhe o andamento delas. A administração instituiu um programa chamado Bairro a Bairro, a comunidade aponta as demandas, a prefeitura realiza às obras e na sequencia leva toda a estrutura do governo para prestar contas.