1. O líder é uma emergência natural do processo do grupo? Ou um produto de um processo planejado, fabricado e racionalmente construído?
Dependendo das circunstâncias, o líder tando pode ter uma emergência natural e até espontânea, como pode ser o produto de um processo planejado e racionalmente construído. Contudo, as lideranças mais carismáticas e marcantes -- aquelas que normalmente surgem em momentos de grande ruptura histórica --, tendem a ter o seu surgimento em fenômenos espontâneos, fruto de um processo grupal em o qual o mesmo se insere, e que são de difícil, ou mesmo impossível, construção intencional fruto de uma racionalidade e planejamento.
2. Qual o papel do líder na construção de um ambiente de desenvolvimento em uma comunidade (instituição, cidade, estada ou pais)?
Para além do papel óbvio de coordenação e de estabelecimentos de metas e objetivos, o líder deve apresentar uma visão sobre o conjunto da obra, indicando claramente a direção a se seguir no atingimento das metas e objetivos por ele estabelecidos. A par deste papel de direcionamento, o líder tem ainda um papel fundamental na gestão e resolução de conflitos interpessoais, procurando evitar que estes surjam ou, quando isso já não é possível, contribuir para a sua efetiva resolução, evitando que os mesmos tomem proporções que fujam ao controle e que impactem negativamente, nomeadamente de forma bastante significativa, no trabalho esperado do grupo que ele lidera.
3. Quando analisamos a motivação devemos levar em conta: o indivíduo, o ambiente social ou as expectativas individuais. Por que?
A motivação do indivíduo depende de fatores intrínsecos, condicionada por elementos extrínsecos e ambientais, pelo que devemos levar em conta todos esses três elementos (o indivíduo, o ambiente e as expectativas individuais). E se só nos é possível agir, do exterior de cada indivíduo, sobre os elementos extrínsecos, os fatores intrínsecos são impossíveis de se colocar de fora no sujeito, podendo-se, quanto muito, procurar estimular o seu surgimento, criando contextos externos que os promovam. Por exemplo, a motivação para comer deriva da fome (fator intrínseco). Se o contexto externo for mais parco em alimento, a fome tende mais rapidamente a surgir do que se o contexto externo permitir que o indivíduo se alimente com maiores quantidades de comida de cada vez que tem fome.
Depois há também ainda os níveis motivacionais, isto pelo menos segundo algumas das teorias motivacionais existentes, como é o caso da Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, segundo a qual, as nossas necessidades intrínsecas vão de um nível mais básico -- correspondentes áquilo a que este autor chama de necessidades fisiológicas --, sucedendo-lhes, numa hierarquia ascendente de escala, as necessidades de segurança, as necessidades sociais e, nos dois níveis mais elevados, as de autoestima e de auto-realização. Apesar de esta ser uma entre várias teorias motivacionais existentes, a mesma deixa claro que há uma hierarquia de fatores intrínsecos que despoletam a motivação no indivíduo, só sendo possível satisfazer os níveis mais elevados desta hierarquia após os níveis inferiores estarem igualmente satisfeitos. E em algumas das hierarquias apresentadas por Maslow, quando aplicadas ao ambiente de trabalho, encontramos, por exemplo, as relações interpessoais entre colegas e com as respetivas chefias, o reconhecimento do trabalho realizado bem como eventuais promoções recebidas como premiação do esforço demonstrado, até se atingir o nível mais elevado, com a autonomia do indivíduo e a participação em decisões relevantes para o trabalho realizado, entre outras.
4. Você já se perguntou como anda seu CHA: Conhecimento, Habilidade, Atitude?
O líder deve se caracterizar por possuir competências em três áreas fundamentais: Atitude, Conhecimento, e Habilidades, pelo que estas devem ser áreas de permanente preocupação tendo por objetivo a sua adequação à liderança exercida. Por isso, a resposta a esta questão é afirmativa.