A Gestão Orçamentária é uma das disciplinas fundamentais que compõem a Gestão do Desempenho e está
intimamente ligada a dois dos critérios da Excelência: a Gestão das Estrategias e Planos e também a Gestão dos Resultados.
Podemos
organizar a Gestão Orçamentária em três grandes etapas:
- Elaboração do Plano Orçamentário
- Simulação de Cenários
- Acompanhamento e Análise dos Resultados
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Elaboração
do Plano Orçamentário
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Nesta
primeira fase, é quando geralmente as empresas fazem o levantamento inicial de dados e informações
históricas, bem como a definição
das premissas orçamentárias com base em seu Planejamento Estratégico para os próximos anos.
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A partir
destas premissas iniciais, são elaborados os planos financeiros de Receitas,
Despesas e Investimentos da empresa
Uma prática cada vez mais comum
nesta fase é a utilização do conceito de Orçamento colaborativo (também conhecido
como Orçamento descentralizado), onde cada
gestor realiza o orçamento de seu departamento, Unidade de Negócio ou Centro de
Resultados. Desta forma, a elaboração do Orçamento se dá com muito mais
agilidade, além de proporcionar maior engajamento da equipe e gerar informações
muito mais confiáveis.
Simulação de Cenários
Assim que cada plano financeiro (Receitas,
Custos, Investimentos, etc.) é finalizado pelo respectivo gestor responsável, a
área de planejamento e controladoria pode
então consolidar todas as informações em um plano único, gerando um cenário inicial para análise de todos os stakeholders do governo.
Nem sempre a primeira versão do Orçamento é
aprovada pela diretoria ou conselho. Muitas vezes são solicitados ajustes, como
por exemplo, aumento das metas de vendas, redução de custos ou despesas,
realocação de investimentos, entre outras inúmeras possibilidades. A este
processo damos o nome de revisões orçamentárias.
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Então, a partir do Cenário Orçamentário Inicial que
havia sido criado, é gerado então um novo cenário, comumente chamado de cenário revisado. Neste novo cenário cada gestor faz as
alterações sugeridas pela diretoria da empresa e após todos concluírem, uma
nova rodada de análises é realizada, sendo que o Orçamento pode ser então
aprovado ou uma nova revisão pode ser solicitada, até que as projeções fiquem
de acordo com as expectativas dos stakeholders, gerando finalmente um cenário aprovado ou cenário homologado.
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Além disto, mesmo que a primeira versão do
Orçamento tenha ficado satisfatória, é altamente recomendado que a empresas
crie algumas variações e faça simulações de diferentes cenários alternativos,
prevendo situações possíveis e prováveis, como a abertura ou fechamento de
Canais de Vendas, contratação ou demissão de pessoal adicional, realização de
Investimentos de expansão, etc.
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O mais comum é que as empresas elaborem no
mínimo três cenários: um cenário realista,
um cenário pessimista e um cenário otimilista. Desta forma a empresa se antecipa as
situações que poderiam causar prejuízos, se preparando para minimizar estes
riscos e também para aproveitar oportunidades que se apresentam nas Projeções
de Cenários.
Ou seja, um Cenário Orçamentário nada mais é do
que uma versão de conteúdo orçamentário, considerando dados, variáveis e
valores diferentes para a mesma informação a ser orçada.
E o grande ganho de trabalhar com Cenários e não
simplesmente alterar o Orçamento que havia sido gerado anteriormente é
exatamente manter estas versões salvas para poder compará-las e decidir qual o
melhor caminho a ser seguido.
Acompanhamento e Análise dos resultados
Depois de
elaborado um Orçamento Inicial, gerado diversos Cenários e homologado um Plano
Orçamentário a ser seguido, é preciso então acompanhar mensalmente os
resultados para saber se a empresa está caminhando no sentido certo para
atingir os objetivos que foram estabelecidos.
Para isto, três instrumentos de gestão são extremamente necessários:
os relatórios gerenciais, as Análises Gráficas e os indicadores de desempenho, que auxiliam sua empresa a tomar decisões baseadas em
dados e fatos e não em opiniões ou percepções pessoais. Sem eles é como
“pilotar” a empresa de olhos vendados!
Os gráficos e indicadores de desempenho dão
um panorama geral da situação do governo, de forma direta e objetiva. Eles são
os “dedo duro” dos resultados, mostrando rapidamente onde a empresa está indo
bem e que pontos precisam de mais atenção.