E por falar em exercer a cidadania! A participação da população nesse processo ( construção, fiscalização) de orçamentação pública permite um ajuste maior da receita e das despesas públicas segundo as reais necessidades e prioridades da sociedade..
Fórum oficial da Aula 1
Falamos em exercer a cidadania
A participação da sociedade debatendo em suas organizações, dialogando com o Estado e realizando o controle social é muito importante para garantir que as políticas atendam, de fato, às necessidades prioritárias da população, para melhorar os níveis de oferta e de qualidade dos serviços e também para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. A participação ampla da sociedade no controle social fortalece as políticas públicas, tornando-as mais adequadas às necessidades da coletividade e ao interesse público, e mais eficientes.
A participação da sociedade debatendo em suas
organizações, dialogando com o Estado e realizando
o controle social é muito importante para garantir
que as políticas atendam, de fato, às necessidades
prioritárias da população, para melhorar os níveis
de oferta e de qualidade dos serviços e também
para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. A
participação ampla da sociedade no controle social
fortalece as políticas públicas, tornando-as mais
adequadas às necessidades da coletividade e ao
interesse público, e mais eficientes. Por exemplo,
quando a população está atenta para o que ocorre na
escola do seu bairro ou no posto de saúde, ou mesmo
nas políticas nacionais, temos um melhor resultado
em termos de qualidade desta política pública.
Além disso, o controle social contribui para a
democratização da gestão pública, através do envolvimento
de diversos atores da sociedade, cada
qual com seus necessidades e interesses específicos.
Ao pensar a política pública, o gestor (prefeito,
secretário) não toma decisões levando em conta
apenas o seu ponto de vista, mas passa a dialogar
com as diversas demandas trazidas pelos diferentes
atores participantes. O exercício do controle social
é um aprendizado tanto para gestores quanto para
atores da sociedade, uma vez que neste processo
todos aprendem a reconhecer e a dialogar com diferentes
necessidades existentes.
Exato; mais isto acontece no seu município? e de que forma acontece esse diálogo organizações x estado.
É importante participar. Você não pode deixar de saber sobre o orçamento público. sempre é bom se organizar e planejar o acompanhamento das leis orçamentárias durante o ano.Não deixe de participar. A participação popular nesse processo permite um ajuste maior da receita e das despesas públicas segundo as reais necessidades e prioridades da sociedade. É bom que, no decorrer do ano, você esteja atento acompanhando as ações e previsões do governo, para colaborar propondo emendas com argumentos concretos e relevantes no período de votação dos projetos de LDO e de LOA.
Quando o cidadão consente em transferir parcela de sua liberdade para o Estado, em contrapartida espera que o Estado garanta sua segurança, saúde, educação, lazer, e demais propósitos com a finalidade de alcançar o bem estar do indivíduo junto à coletividade.
“O Estado não é um fim em si mesmo” sustenta (SILVA NETO, 2013), é um instrumento que visa alcançar as finalidades essenciais para uma sociedade. O Estado não produz, necessitando de recursos para que possa materializar as aspirações sociais.
Recursos estes obtidos através dos tributos, nos moldes e limites da Constituição, que são impostos aos cidadãos, concretizando a regra de consentimento social. Nos regimes democráticos cabe ao povo, por meio de seus representantes legais, decidir sobre o destino do dinheiro público, e o meio capaz de imprimir tal legitimidade é a Lei.
As leis que tratam do destino dos recursos obtidos são conhecidas como Orçamentos Públicos, ou Leis Orçamentárias, tratam-se de leis especiais que discriminam a receita, ou seja, a arrecadação do, e a despesa, onde serão aplicados os recursos. É onde se planeja a ação estatal, discriminando a execução por meio de programas de governo.
São três instrumentos legais, estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 no art. 165, que definirão as metas e prioridades da administração pública: o Plano Plurianual; a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.
O Brasil adotou como forma de estado a Federação, e isso pressupõem a descentralização do Poder do Estado, conferindo autonomia a União, os Estados e os Municípios. Por esta razão, o orçamento será realizado em cada esfera de governo. Cada ente obedecerá sempre o mandamento constitucional de que a iniciativa das leis orçamentárias é exclusiva do Poder Executivo e serão discutidas e aprovadas pelo Poder Legislativo, mas o procedimento para a formalização da lei será de acordo com a legislação aplicável a cada ente.
A qui na Paraíba, a gestão socialista do governador Ricardo Coutinho, chamou e o povo atendeu a chamamento exercendo a cidadania de forma decisiva, por meio do Orçamento Democrático.
O Orçamento Democrático (OD) é o instrumento no qual os/as cidadãos/ãs são convidados/as a participar das decisões do governo estadual sobre a melhor forma de aplicação do dinheiro público em suas obras e serviços.
Este instrumento de democracia participativa foi implantado pela primeira vez na Paraíba em âmbito estadual e se tornou realidade como um compromisso assumido pela atual gestão (socialista). Na estrutura do Governo do Estado da Paraíba o OD está sob a coordenação da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento, Gestão e Finanças.
Rosinalda, complementando sua manifestação, o exercício da cidadania começa na infância como se trata da educação política de forma natural, inserindo a criança na sociedade e desenvolvendo o sentimento de pertença.
Esse é o caminho mais sólido para uma democracia efetivamente participativa e não meramente representativa como temos na atualidade.
A população pode e deve participar das questões decisórias dos temas que a afetam, definindo, inclusive as prioridades.
Excelente,sem este sentimento de pertença trabalhado desde a pré infância dificilmente as pessoas terão uma sensibilização e inspiração pra participarem da sociedade como coletivo.Penso que os governos devem promover políticas públicas voltadas para a ressignificação do habitus dos indivíduos.
Concordo Elizete! Penso em um aprendizado que seja inserido em nossa cultura. Somos pobres de cidadania, do saber de fato o que é ser um cidadão. Que desde a mais tenra infância saiba-se que a coisa pública é de todos e todas! Que o governante o gestor esta ali pelo consentimento de todos, para ajudar a promover o bem estar de todos, bem como, todos precisam pensar dessa forma.
Vejo que lições de cidadania deviam ser matérias e disciplinas a ser estudada na escola, e os pais em casa, também orientar seus filhos, suas famílias a cuidar do que é público, começando claro pela fiscalização dos gastos públicos.
Vejo que esse caminho só será possível através da educação. Assim como foi possível a muitos outros países exercer a cidadania.
Boa noite Elizete, bem lembrado, enquanto professora penso mesmo que a boa educação é o caminho, a "formal" a politica; mais porém temos que lembrar qual é o tipo de educação a maioria da sociedade tem acesso! vim de escolas públicas e já ministrei aulas na rede. E lhe afirmo com conhecimento de causa a educação pública que temos hoje no máximo "produz" operários, não cidadãos. Enquanto cidadã e pesquisadora em humanidades complemento a meu ver a educação só se tornará prioridade quando tivermos um gestor que realmente queira mudanças, de pensamento e de posturas que estão enraizadas no nosso cotidiano. Porque uma sociedade consciente de seu papel e força não pode ser manipulada. Pois sabe o significado da palavra democracia.
Abraço fraterno. Grata pelo complemento.
Elizete,
Concordo com você. Acho que ainda temos um grave problema para a participação cidadã que poderíamos chamar de "falta de protagonismo". Isso ocorre, ao meu ver, em dois sentidos. Em primeiro lugar a falta de desejo genuíno dos governantes de ter a população como fiscalizador de suas ações, e quando o desejo existe, falta a paciência em administrar conflitos que naturalmente surgem quando se reúne um grande número de pessoas, em especial se for para discutir aplicação de recursos públicos, notadamente no momento da construção do "orçamento participativo".
O segundo aspecto diz respeito à própria disponibilidade do cidadão em participar em reuniões "maçantes" ou em reuniões em que o verdadeiro poder está sendo exercido por quem detém o poder e a informação, seja em audiências públicas ou reuniões dos diversos conselhos municipais.
É um situação difícil de ser equacionada mas acredito que seja obrigação de um gestão socialista, que deseja ter o povo como principal aliado.