Minha opinião é de que as Cidades Criativas tem relevância econômica e tem-se desenvolvido vários modelos para sua classificação. Não é mais utopia e sim uma realidade que está acontecendo e relacionadas aos nossos meios sociais, econômicos e cultural, do universo, e, que devem estar unidas em uma linha de frente, cujos objetivos são para promover a inovação e a criatividade como principais impulsionadores de um desenvolvimento urbano mais sustentável e inclusivo, e que tem atraído interesse crescente de autoridades locais.
O modelo referenciado por Florida (2002) foi o primeiro a ser desenvolvido, e permite identificar o perfil das atividades relacionadas aos 3 Ts (Tecnologia, Talento e Tolerância) (Florida, 2006). Esses modelos permitem concluir que as classes criativas são os ativos mais importantes para geração de valor de uma região, de forma que se devem direcionar políticas públicas para atração desses profissionais para geração de economia em efeito cascata.
Outro modelo interessante citado por Hospers (2008) categoriza diferentes tipos de cidades criativas em suas notórias especificidades: cidades tecnológico-inovadoras, cidades cultural intelectuais, cultural-tecnológicas e as organizacional-tecnológicas.
Essas especificidades permitem reconhecer parâmetros diferenciados na geração da economia de cada região, com infraestruturas muito particulares e resultados aderentes aos propósitos delineados.
De acordo com os modelos apresentados, percebe-se a importância fundamental do reconhecimento da natureza das cidades como um novo delineador de políticas públicas, infraestrutura adequada e atração de profissionais, para a formação, desenvolvimento e aperfeiçoamento de gestores, qualifica-los para esta nova economia.
É imprescindível atentar um olhar mais crítico no gerenciamento das cidades de forma a permitir um desenvolvimento local que valorize o potencial cultural, intelectual, tecnológico, inovador e organizacional, de forma mais inteligente e
consciente das práticas globais referentes a essas novas demandas.
Apesar de diferentes geográfica, demográfica e economicamente, todas as Cidades Criativas se comprometem em desenvolver e compartilhar bons costumes inovadores para promover as indústrias criativas, fortalecer a participação na vida cultural, e integrar a cultura às políticas de desenvolvimento urbano sustentável.